CBN 9/10 - DIA DA SOBREMESA

Lulu Peters
9 de out. de 2023
3 min de leitura

Eu que digo que não sou viciada em sobremesa, acabei fazendo essa lista ENORME de dicas! Lembrando que gosto de coisas não tão chocolatudas, tá? Foi mal, chocólatras.

Apesar de muitos dos doces terem se popularizado com o que chamamos de patisserie francesa, as origens da confeitaria remontam a cerca de 2.000 a.C., aos antigos egípcios que faziam doces combinando frutas e nozes com mel. Os romanos, gregos, árabes e chineses também faziam doces, com sementes de gergelim por exemplo. E, claro, os astecas no México usaram o grão de cacau para fazer uma bebida amarga há mais de 3.000 anos, e foram os responsáveis pela cultura do chocolate que viria depois, né.

O bom é que hoje nós temos uma variedade infindável de opções, né? Chocolate, sorvete, patisserie francesa, doces gregos, enfim, tudo pode ser encontrado.

Para mim, o equilíbrio é importante. Então, se a sobremesa é puro chocolate, uma cremosidade e um toque até de flor de sal, por exemplo, equilibram. Ou, então, um toque cítrico, ou gelado, ou texturas mais leves também me agradam mais. Eu não sou fã da torta de chocolate com leite ninho e caramelo e chantilly tudo misturado.

Como eu sou uma mulher de fases, eu já tive paixões que diminuíram, mas estão sempre no meu radar. É o caso do creme brulée, que, se pararmos para pensar, é um mingau, com baunilha fresca e aquela casquinha icônica do açúcar maçaricado. Indico a do Daniel Briand e do Le Parisien, na 104 e 103 norte, respectivamente.

Eu tive a fase cheesecake, mas sempre tenho dificuldade de gostar das que fazem aqui. Mas a Red Velvet - que não é uma torta de queijo - também teve sua fase. Indico a do Nossa Cozinha Bistrô, na Asa Norte, Cappuccino Bistro no final da Asa Sul, e do Queen’s Place, também no final sul, ali na 116. Lembrando que não é corante o que deixa essa torta vermelha, tá? É a reação do cacau, com a acidez de outros ingredientes.

Uma sobremesa simples, que mistura uma massa folhada, é o pastel de nata, que a gente chamava de Pastel de Belém, mas por uma questão de autoria e denominação de origem, só o pastel de nata feito na Antiga Confeitaria de Belém em Portugal pode usar o nome. Aqui, Damaria Doçaria Portuguesa, Trás os Montes e Taberna Lusitana têm os melhores, disparados.

Minha paixão eterna, que eu já avaliei em vários locais, é a banoffee. Apesar de banana ser a nossa cara, a receita é inglesa, acredita? Mas, cara, convenhamos, banana e doce de leite? Já é metade brasileira, né? Massa de biscoito e chantilly, e a mistura, pra mim, é perfeita. Prediletto Café, na Quituart arrasa; Rapport café e Bistrô, na Asa norte; no Guará, dentro da Feira, a da Bidy é divina e super em conta; Bambu Brasil Café e Bistrô, na Asa norte, também. Mas vou destacar a do Chichá Café, que tem opções veganas de tudo. Eles conseguiram fazer um chantilly com leite de coco e doce de leite com leite de castanha, usando também baunilha fresca do cerrado e ficou divina! E para fechar, Planaltina também tem uma que é a queridinha: do Empório Bem Raiz, na Q. 89 da rua Paraná.